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Escola do Turismo de Portugal //
Portalegre
Traduzir, segundo o Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa, é o ato de verter de uma língua para outra.
Mas, convenhamos, traduzir é muito mais do que dizer o mesmo noutra língua.
De certeza que já todos no deparámos com pérolas como: We have understands! ou Camel’s drool ou ainda Little fishes of the garden.
São muitas as traduções de comidas e/ ou bebidas que acabam em menus de alguns restaurantes que parecem aqueles sketches do Herman José.
O problema é que estas “traduções” podem, sem dúvida, causar problemas de comunicação (para além do ar confuso e perdido).
Hoje em dia já temos acesso a tradutores online que são uma excelente ferramenta de trabalho, mas continuamos a ter de tomar em consideração que as traduções à letra podem ser traiçoeiras. O tal ato de verter um idioma no outro é difícil e às vezes impossível.
É impossível porque as línguas têm estruturas diferentes e a tendência é usar a nossa maneira de organizar as palavras na frase e refleti-la no outro idioma. Por isso é que normalmente se ouve dizer que os ingleses falam ao contrário, quando efetivamente a única coisa que muda é a utilização do adjetivo antes do nome. Assim como as traduções podem ser perigosas, as generalizações também.
Mas o que que é está por trás destes “erros”? É o desconhecimento da língua. Não da língua como estrutura, mas da língua com as suas expressões idiomáticas, a língua viva do dia a dia, baseada em centenas de anos de história e cultura que marcaram e formaram esse idioma.
Por exemplo as expressões muito portuguesas de “há mais dias que chouriços” e “são favas contada” não podem ser traduzidas à letra porque não vão ser entendidas com o mesmo significado que um português as entende. Não existindo essa expressão na outra língua a ideia é encontrar um equivalente ou explicar o que quer dizer.
O mesmo se passa com os nomes de algumas iguarias portuguesas, não existem noutro país e, por isso, não têm tradução. Indique os ingredientes base e as confeções, não invente!
Artigo escrito por Lina Serra, técnica especialista e formadora de Inglês na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre
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