1. Quais dos conhecimentos técnicos adquiridos na EHTP, considera que foram e/ou são, ainda, fulcrais para a sua carreira? Qual destacaria?
Não somente os conhecimentos técnicos, mas sobretudo as competências comportamentais adquiridas na Escola, foram determinantes para a minha formação como profissional e como pessoa.
Destaco o rigor, a atitude, o conceito de serviço e a humildade.
2. Sendo uma indústria de pessoas para pessoas, que competências pessoais/humanas valoriza como ideais para os profissionais da área? Destaca alguma que considere mais relevante?
Gostar de pessoas, atitude, curiosidade, o conhecimento, a empatia e o bom senso.
3. Quando escolheu a EHTP, fê-lo porque sentiu ter uma vocação, ou por outra(s) razão(ões)? Como identificou essa vocação?
A vocação foi descoberta já na Escola. Escolhi este curso e esta Escola pelas alternativas profissionais e de trabalho que oferecia.
A verdadeira vocação veio depois quando me identifiquei com a profissão encontrando nela uma total realização pessoal.
4. Quais os principais desafios que um profissional deve enfrentar sem hesitações?
Compromisso, dedicação, disponibilidade.
5. Qual foi o maior desafio da sua carreira? Porquê?
Gestão de pessoas, porque sem equipas felizes e motivadas, nunca vamos ter clientes satisfeitos e prescritores. A gestão de talentos, a progressão de carreiras, o envolvimento emocional, a partilha de objetivos e resultados, a formação contínua, o empowerement de uma equipa de mais de 100 pessoas foi sem dúvida o maior e mais gratificante desafio da minha vida profissional que gerou qualidade, preferência e felicidade nos hóspedes, clientes e acionistas.
Ter tido um papel na vida de tantas pessoas (internas e externas) foi a minha maior realização como profissional.
6. De que forma se destaca a sua organização? O que a torna única? (Qual é a vossa “unique selling proposition”?)
Destaco na empresa em que trabalhei, durante mais de 30 anos, a consistência, a inovação, a formação e a orientação para os resultados.
7. Por favor descreva, se possível, uma das cenas mais caricatas com a qual lidou ao longo da sua carreira.
Destaco um episódio que aconteceu durante a Presidência da União Europeia, em 1992, durante o qual, o lobby do Hotel estava decorado com uma mesa central com tampo de vidro que assentava sobre uma águia em ferro.
O Hotel, nesta altura, recebia e alojava algumas das delegações europeias presentes neste evento, compostas por chefes de estado e primeiros-ministros.
A situação aconteceu aquando da chegada da comitiva sueca, com os altos representantes e os seus seguranças. Na azáfama de fazer entrar todas as pessoas, no elevador, rápida e eficientemente, um dos seguranças prende o casaco na ponta do bico da águia fazendo com que a mesa caísse e se despedaçasse com um estrondo enorme, o que gerou perturbação na operação, na logística e nas pessoas.
De salientar que, de imediato, a equipa do Hotel retirou, eficientemente, os estilhaços da mesa, limpou o local e tudo voltou à normalidade.
8. Tem alguma lição de vida que gostasse de partilhar? Algo que o marcou profundamente e contribuiu para a sua transformação como pessoa ou como profissional.
Numa fase em que as minhas capacidades profissionais foram colocadas em causa, foi com resiliência, nunca desistindo e demonstrando que era capaz através de trabalho e resultados que consegui ser reconhecida para exercer função de direção geral.
9. Quais os seus planos futuros em termos profissionais?
Utilizar os meus conhecimentos na formação de novos profissionais.
10. Que conselhos deixa para os atuais alunos da EHTP e que em breve serão seus colegas?
O vosso sucesso profissional e a vossa carreira serão tão mais bem-sucedidos quanto melhor souberem aliar as vossas competências técnicas às vossas competências pessoais.
11. Com que frase gostaria de terminar esta entrevista?
Sejam humildes na aprendizagem, mas ambiciosos no conhecimento.
