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03 mai 2023

Entrevista com Joana Almeida - alumni EHTP

1. Quais dos conhecimentos técnicos adquiridos na EHTP, considera que foram e/ou são, ainda, fulcrais para a sua carreira? Qual destacaria?

Os conhecimentos operacionais e a forma como fomos pondo a “mão na massa”, ao longo do curso, quer nas áreas operacionais quer nos estágios de curta e de longa duração

É fácil ensinar e transmitir o conhecimento, mas fazer chegar os alunos ao mercado de trabalho com conhecimento técnico e operacional, que seja uma mais-valia para as organizações que os acolhem, foi extremamente inovador, na altura, e permitiu-nos fazer a diferença quer no nosso desempenho como profissionais quer na forma como nos integramos nas equipas.

2. Sendo uma indústria de pessoas para pessoas, que competências pessoais/humanas valoriza como ideais para os profissionais da área? Destaca alguma que considere mais relevante?

A atitude com que encaramos os outros. Seja a empresa, os pares, as equipas que lideramos, os clientes, os fornecedores, os parceiros, seja o respeito pelas suas semelhanças e ainda mais pelas suas diferenças.

Esta é, efetivamente, uma indústria de pessoas para pessoas. Uma indústria exigente e resiliente, mas ágil. E a forma como acolhemos e respeitamos, a forma como trabalhamos juntos pelo bem comum, define se a levamos a bom porto.

3. Quando escolheu a EHTP, fê-lo porque sentiu ter uma vocação, ou por outra(s) razão(ões)? Como identificou essa vocação?

Eu queria estar numa área de serviços que me permitisse o contacto com outras culturas. Aos 16 anos, fui recrutada para o Parlamento Europeu como tradutora interprete e os meus pais não me deixaram ir para Bruxelas. Segui Línguas e Literaturas Modernas, com esse objetivo.

No final de um ano, quis mudar, porque a faculdade estava muito vocacionada para o ensino. Pesquisei e encontrei a EHTP. O meu pai conhecia bem o Arq. Neves que dava aulas na escola e fui falar com ele para perceber o âmbito do curso.

Nesse Verão, fiz Matemática de 10º,11º e 12º para me poder candidatar e entrei para a Escola. Nunca me arrependi da mudança…

4. Quais os principais desafios que um profissional deve enfrentar sem hesitações?

Todos os que identifica como importantes (para o presente ou futuro) e para os quais se sente preparado.

5. Qual foi o maior desafio da sua carreira? Porquê?

Tenho dois…

O primeiro, foi o meu início de carreira. Terminei o curso numa sexta-feira e, na segunda-feira seguinte (depois de ter recusado a ida a Glion), comecei como Assistente de F&B, no Ipanema Porto, um hotel de referência na cidade.

Tinha 21 anos, era mulher, ia liderar uma equipa de 90% de homens que quase podiam ser meus pais e que tinham o saber da experiência a “desafiar” o meu saber da escola, numa base diária…

Acho que cresci 10 anos, nos primeiros 6 meses! E quando saí, tínhamos processos de controle de gestão implementados e seguidos por toda a equipa. Foi muito gratificante.

O segundo, foi a pandemia. Nada nos preparou para parar. Os exercícios diários da nossa atividade são como fazer mais, como fazer diferente, como fazer melhor…

No primeiro confinamento, a decisão de fechar e a implementação dessa mesma decisão por dois meses e meio, são o contrário da nossa natureza profissional.

Foi muito difícil. No segundo confinamento, mantivemo-nos abertos e, com a equipa fantástica com que trabalho, o exercício já foi mais ao encontro do nosso ADN. Como fazer, o que fazer, vamos fazer, reinventemo-nos, vamos!

6. De que forma se destaca a sua organização? O que a torna única? (Qual é a vossa “unique selling proposition”?)

As pessoas. As pessoas. As pessoas.

E, depois, o facto de termos uma cadeia e uma marca por trás que se preocupam com as pessoas. As que acolhem, as que empregam e aquelas com quem se relacionam.

7. Por favor descreva, se possível, uma das cenas mais caricatas com a qual lidou ao longo da sua carreira.

São tantas… São tantos os pedidos e situações diferentes no nosso dia a dia, que nem consigo verbalizar uma só.

8. Tem alguma lição de vida que gostasse de partilhar? Algo que a marcou profundamente e contribuiu para a sua transformação como pessoa ou como profissional.

Estas duas frases acompanham-me sempre:

“While it is true that not all things that are faced can be changed, nothing can be changed until it is faced”.

“It always seems impossible until it is done”.

9. Quais os seus planos futuros em termos profissionais?

Continuar a fazer o que gosto, nesta indústria de pessoas para pessoas, nunca me deixando acomodar.

10. Que conselhos deixa para os atuais alunos da EHTP e que em breve serão seus colegas?

Os níveis de exigência individual definem-nos como profissionais e pessoas. Se baixamos o nosso grau de exigência, baixamos o nosso foco no futuro.

11. Com que frase gostaria de terminar esta entrevista?

Este setor pode ser duro, pode ser exigente, mas é desafiante, divertido, nada monótono e apaixonante. Não o trocaria por nenhum outro.

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